ORCHIDACEAE

Cattleya harrisoniana Batem. ex Lindl.

Como citar:

Danielli Cristina Kutschenko; Tainan Messina. 2012. Cattleya harrisoniana (ORCHIDACEAE). Lista Vermelha da Flora Brasileira: Centro Nacional de Conservação da Flora/ Instituto de Pesquisas Jardim Botânico do Rio de Janeiro.

VU

EOO:

74.721,253 Km2

AOO:

48,00 Km2

Endêmica do Brasil:

Sim

Detalhes:

Espécie endêmica do Brasil, de ocorrência em Mata Atlântica, nos Estados do Espírito Santo, São Paulo e Rio de Janeiro (Barros et al., 2011). Miller et al. (2006) citam que a espécie foi encontrada entre 0 a 400 m de altitude, sendo, raramente, encontrada a 1000 m na Serra dos Órgãos.

Avaliação de risco:

Ano de avaliação: 2012
Avaliador: Danielli Cristina Kutschenko
Revisor: Tainan Messina
Critério: A4cd
Categoria: VU
Justificativa:

<i>Cattleya harrisoniana</i> é uma epífita ocorrente em ambientes de Mata Atlântica nos Estados do EspíritoSanto, São Paulo e Rio de Janeiro e Minas Gerais. Cresce sobre árvores retorcidas em áreas saturadas de água, e bem abafadas, sob alta luminosidade e moderado movimento de ar. A espécie tem valor ornamental e é coletada indiscriminadamente para venda, o que acarretou em diminuição drástica de algumas subpopulações. Além disso, o seu habitat tem sido degradado para o desenvolvimentode atividades agriculturais. Dessa forma, suspeita-se que houve uma diminuição de 30% na população total em um período de 30 anos; e que se não houver fiscalização e ações de conservação que cessem a pressão sobre a espécie, sua população poderá sofrer uma redução de mais 30% nos próximos 30 anos. Assim, <i>C. harrisoniana</i> está "Vulnerável" (VU).

Perfil da espécie:

Obra princeps:

Espécie descrita originalmente na obra Edward's Bot. Reg. 22: t. 1919 (1836).

Valor econômico:

Potencial valor econômico: Sim
Detalhes: ​A espécie é muito ornamental, sendo vendida por, em média, R$25,00 em orquidários, mas podendo atingir preços mais altos (http://www.orquidarioimirim.com.br/loja/produtos_descricao.asplang=pt_br&codigo_produto=1396).

População:

Flutuação extrema: Sim
Detalhes: ​De acordo com Miller et al. (2006) a espécie forma grandes colônias. No entanto os autores afirmam que a espécie não mais comum como antigamente, sendo rara nos tempos de hoje na Serra dos Órgãos.

Ecologia:

Biomas: Mata Atlântica
Fitofisionomia: Floresta Ripícola na região central de São Paulo (Ferreia, Lima e Pansarin, 2010). Nas formações de Restinga do Espírito Santo, a espécie foi amostrada eme formação aberta de Clusia e floresta arenosa litorânea. (Fraga; Peixoto, 2004). Miller et al. (2006) afirmam que a espécie é típica de pântanos na Serra dos Órgãos.
Habitats: 1.6 Subtropical/Tropical Moist Lowland, 1.7 Subtropical/Tropical Mangrove Vegetation Above High Tide Level
Detalhes: Espécie epífita, com floração em outubro e novembro na região central de São Paulo (Ferreia, Lima e Pansarin, 2010), crescendo sobre árvores retorcidas em áreas saturada de água, e bem abafadas, soba alta luminosidade e moderado movimento de ar (Miller et al., 2006). O mesmo autores afirmam que a floração ocorre entre novembro e janeiro em altitude baixas e entre março e abril em altitudes superiores.

Ameaças (2):

Estresse Ameaça Declínio Tempo Incidência Severidade
1.3.4 Non-woody vegetation collection local
De acordo com Miller et al. (2006) a espécie era comum na Serra dos Órgãos, mas agora é ocasional ou rara, uma vez que a maioria da área de ocorrência da espécie foi drenada para agricultura e os espécimes remanescentes foram extraídos para serem vendidos na beira da estrada.
Estresse Ameaça Declínio Tempo Incidência Severidade
1.1 Agriculture
De acordo com Miller et al. (2006) a espécie era comum na Serra dos Órgãos, mas agora é ocasional ou rara, uma vez que a maioria da área de ocorrência da espécie foi drenada para agricultura e os espécimes remanescentes foram extraídos para serem vendidos na beira da estrada.

Ações de conservação (4):

Ação Situação
5.7.1 Captive breeding/Artificial propagation on going
​Schneiders et al. (2012) conduziram estudo de propagação in vitro de sementes da espécie. Os autores concluíram ser viável esta metodologia e obtiveram cerca de 90% de êxito no processo de germinação das sementes em meio de cultura.
Ação Situação
5.1 Re-introductions on going
Provenzano (2011) cita projeto de reintrodução de indivíduos da espécie na Reserva Ecológica de Guapiaçu. Os indivíduos são provenientes de semeadura em laboratório e, ao que tudo indica, os indivíduos reintroduzidos parecem saudáveis.
Ação Situação
5.7 Ex situ conservation actions on going
Robinson (1896) já registrava o cultivo da espécie em jardins botânicos de Londres. O autor cita que a espécie já era conhecido por horticultores desde 1830.
Ação Situação
1.2.1.3 Sub-national level on going
​A espécie foi considerada Vulnerável (VU) na Lista vermelha da flora do Espírito Santo (Simonelli; Fraga, 2007).

Ações de conservação (1):

Uso Proveniência Recurso
Ornamental
​Espécie extremamente ornamental, sendo vendida no Brasil e no exterior (Schneiders et al., 2012).